segunda-feira, 12 de julho de 2010

A Copa do Mundo é um Moinho



Caríssima e malfadada seleção, ainda era cedo amor. Cedo demais para novamente anunciar a hora da partida de uma Copa, sem saber mesmo o rumo que irás tomar. Preste atenção querida pois, assim como carinhosamente o sambista tricolor Cartola aconselha sua filha, a Copa do Mundo é um moinho e não se difere muito da vida quando se trata de reduzir as ilusões a pó. São triturados os sonhos, da mesma forma que as falsas expectativas tão comumente insufladas sempre que seu nome, cara seleção, está envolvido.

A Copa do Mundo é um moinho, e não poupa artimanhas, especulações, concentrações fechadas ou carnavalescas. Ao final, poucos são os que sobrevivem e não há espaço para inocentes, apenas para o talento. De tal forma que a tomada de consciência e a mudança de postura devem ser imediatas e radicais. A persistência nos mesmos erros, na mesma cara em seu comando superior, apenas te levará a vagar desalmada de esquina a esquina, de Copa do Mundo a Copa do Mundo, e em pouco tempo não serás mais quem tu és. Daqueles que te abusam, herdarás só o cinismo.

Pobre dos que ainda choram sobre sua bandeira, pois eles também não são poupados. Uma frustração tamanha que chegou ao ponto de findar vidas, acreditas? Não no Brasil, até onde se tem notícia, mas no Haiti, no pobre Haiti. Ainda cercados por escombros de uma nação assolada por terremotos, a desclassificação do Brasil da Copa foi um golpe duro demais para quem tinha, nas cores canarinho, um resquício de esperança. Pelo menos dois haitianos, um deles com 18 anos, optaram pelo suicídio, se atirando na frente de carros.

Indiferente, a Copa segue seu curso, assim como a vida, e os times aos poucos vão caindo, deixados impiedosamente para trás. Resta como alento caloroso, a poucos que ficaram pelo caminho, o reconhecimento de dever cumprido obtido na derrota honrosa, com luta e garra no espasmo de 90 minutos. Quanta inveja nos faz o orgulho pela Celeste, que será carregada nos braços por sua nação. E o que dirá então da festiva celebração argentina a seus jogadores, tão megalomaníaca quanto o ego de Maradona, mesmo depois da acachapante eliminação por 4 a 0. Nem isto lhe restou, querida seleção, abatida pela falta de talento e ousadia, assim como pelo excesso de arrogância -- tudo triturado pelo moinho da Copa.

Ainda era cedo para despedidas amor, mas preferiste não ouvir conselhos. Observa, passivamente agora, países além-mar decidirem sua merecida consagração, enquanto não lhe resta mais chão, explicações, ou sequer algum ponto de conforto para digerir melhor a derrota. Eliminada pela incapacidade e teimosia, pode vislumbrar no retorno à sua terra, assim como o crucificado Felipe Melo, o abismo cavado pelos próprios pés.

domingo, 4 de julho de 2010

Te perdoo seleção, por te trair!

Isentando-me da pesada culpa na pulada de cerca futebolística, já te digo, querida seleção, neste momento tão crucial de Copa do Mundo, que te perdoo por te trair. Confesso que outras paixões surgiram neste Mundial -- e fizeram estragos com suas formas de sedução – mas o fascínio aos poucos dissipou-se pelos gramados e a fidelidade verde-amarela ressurgiu, quase intacta. Com sua honra destratada pelas mesas de botecos, já que esteve longe de mostrar um futebol de brilhar os olhos de orgulho, deu motivos de sobra para ser traída; e foi. Aceito agora, os ‘Mil Perdões’, cândidos como na canção de Chico Buarque, para retomarmos nossa caminhada.

Revelo que nossa relação começou a ser abalada tão logo decidiu desprezar o talento de Ganso e seu futebol de cabeça erguida, que lhe faria tão bem como outros craques já lhe fizeram. No entanto, o garoto foi deixado para trás, preterido por um aglomerado de volantes. Volante tal como seu técnico Dunga, pobre coitado. O único capitão de todas as seleções do mundo a erguer a tão cobiçada taça, em 1994, cuspindo palavrões. A culpa não é dele, por isso te perdoo. Dunga é apenas traumatizado e ressentido pela execrada campanha de 90, que levou seu nome. Infelizmente, ele entendeu de forma inversa a máxima da geração Flower Power e acabou adotando como lei inabalável o lema: “Não faça amor, faça Guerra!”.

E me diga, minha cara, como não se encantar com o talento da Espanha, com o qual a partida parece se tornar uma eterna roda de bobinho com os adversários? Uma bola tão saborosamente tocada que, por vezes, os jogadores até parecem se esquecer que precisam fazer gols. Acabei seduzido, admito, e não somente pela Espanha. Até mesmo sua principal rival, que lhe deixa contorcida de ódio, mereceu uma bela cantada ao pé-de-ouvido. Na verdade, gracejos não faltaram para a Argentina, seu plantel de atacantes e, sobretudo, à classe de Maradona com suas matadas de bola na beirada do campo. Por mais vil que seja tal traição, fez por merecer e te perdoo.

Isso ainda sem precisar me alongar muito sobre o ‘flerte’ tido com a Alemanha. Suas perigosas curvas, cirurgicamente traçadas em cada gol. Você pode não acreditar, mas até mesmo a despeitada seleção do Paraguai mereceu sua pulada de cerca. Não pelo futebol em si, mas pelo charme adquirido devido à musa paraguaia Larissa Riquelme, que embasbacou o mundo com seu celular estrategicamente acomodado no decote. A moça ainda promete tirar o que lhe resta de roupa, em praça pública, caso o Paraguai avance às semifinais. Força Paraguai! Como não vibrar?

Em suma, caríssima e amada seleção, torci por sua derrocada e murmurei nomes de suas rivais em delírios e sonhos. Lancei pragas e maldições sobre seu futebol amarrado e sem fantasia. Cheguei a segurar na garganta o grito de gol ..., mas juro que te perdôo, nesta reta final, onde por vezes costuma demonstrar sua face mais bela. Vestirei suas cores, cantarei seu hino e torcerei afoito. Só não me venha pedir para revestir a frente do carro com a bandeira nacional. Aí também já é demais!

sexta-feira, 25 de junho de 2010

A gloriosa arte de nunca acertar nos bolões


A primeira regra -- caros torcedores que, assim como eu, são inebriados pelos bolões que assolam o país de quatro em quatro anos -- é simples e direta. Isto por que existe somente uma regra no diminuto ‘Código de Hamurabi’ dos bolões: ‘Não apostarás contra o Brasil!’ Nunca te invoque o papel de torcer contra a seleção, mesmo que seja esta aí de Dunga e mesmo ainda se fosse a malfadada seleção de Lazaroni. Jamais! ‘Jamé!’ (diria o torcedor francês, sem suspeitar da derrocada da Bastilha de sua seleção). Por mais que a ideia de faturar o bolão sozinho seja cobiçável e interessante.

Partindo desta premissa, dá-se início às confabulações ludopédicas, quando a massa cinzenta começa realmente a fermentar. Terça-feira da estreia do Brasil na Copa. Rival: Coréia do Norte? Os ânimos na folhinha de apostas estão exaltados. A última goleada do Brasil em um jogo inicial foi na longínqua Copa de 1970, 4 a 1 sobre a Tchecoslováquia. Em 2006, magro 1 a 0 sobre Croácia. Mas convenhamos, Coréia do Norte, 105ª colocada da FIFA, cuja única participação em mundiais foi em 1966. Uma nova goleada se assanha! Mas qual? Quantos Gols? A maior goleada em estreias foi o 5 a 0 sobre o México, em 1954. Estabeleceríamos novo recorde?

Conhecimentos diversos começam a ser costurados. A Lógica aplicada com a Patafísica (ciência das leis que regulam as exceções), a Química Quântica, o complexo edipiano de Dunga, a Astrologia, a Numerologia, a ‘Palpitaria’, a filosofia de boteco, a apocalíptica Era de Aquários, o movimento dos astros, o movimento ‘Emo’, o bebê indiano que fuma 40 cigarros, a revolta da ‘família Restart’, craques que hoje preferem orar a mandar um pagodão nervoso... em qual placar estaria apostando o matemático Oswald de Souza? -- divago. Todo essa sopa cósmica aglomera-se na ponta da caneta que, confiante, crava 3 a 0 Brasil. Nada demais, nem uma goleada ufanista nem um resultado absurdo. Batata! – diria o grande Nelson.

Mas a esperança de uma quarta-feira abastada esvai-se poucos minutos depois da bola passear em campo. Kaká se arrasta, Luís Fabiano fica escondido atrás de uma barreira de norte-coreanos com o mesmo nome. Dois golzinhos e ainda por cima um tento convertido pelos rivais. Como pode? Fórmulas e arranjos descarga abaixo.

Pelo apresentado, era pesaroso calcular os percalços por que passaria os comandados de Dunga frente ao bando de Holyfields raivosos da Costa do Marfim. Robinho será triturado na primeira pedalada! Esse jogo só pode ser 1 a 1, pensava. Brasil 1 a 0, no máximo. Arrisco os dois resultados, buscando angariar fundos. Mas eis que, da ociosidade fez-se a leveza. Kaká, mesmo com seu púbis de vidro latejante, forneceu dois passes de gol como aperitivo e Luís Fabiano, flanando pela grama, o gol mais belo da Copa até o momento, com cinco toques na bola: mão esquerda, pé direito – chapéu – pé direito – novo chapéu, olé! – braço direito, pé esquerdo. Gol! Golaço e danem-se as chances no bolão. Está aí mais uma obra que será incansavelmente repetida.

Caneta novamente em punho e Portugal pela frente. A goleada por 7 a 0 sobre a Coréia do Norte não assusta. Mesmo sem Kaká e Elano, Júlio Baptista e Daniel Alves vão comer a grama. Melhor ainda se Ramires tivesse sua chance de jogar 90 minutos. Pode anotar aí meu chapa, até mesmo aqui na beirada desse jornal: Brasil 3 x 1 Portugal. É Batata!

terça-feira, 25 de maio de 2010

Goiás em campo parece rede de estoque de TV! Paga só depois da Copa

Demorou, mas o Campeonato Brasileiro já começa a engrenar, chegando à sua 4ª rodada. Enquanto isso, o Goiás mantém a mesma FILOSOFIA das lojas de estoque que vendem TV: pode levar agora mas só comece a pagar depois da Copa do Mundo. Se continuar assim, logo o nome do CT do Periquito passará a ser conhecido como 'Serrinha Eletro’, ou ‘Casas Serrinha’. Grande liquidação: leve um bando de jogadores para o Verdão, mas eles só começam a jogar depois da Copa! Só quero ver é para o bolso de quem vai sobrar essa conta?

Terapia
Mas o que eu não entendo é como, depois de levar um 3 a 0 do Botafogo, o técnico Leão, do Goiás, ainda dizer que viu uma evolução no time? Evolução para onde? Se continuar evoluindo assim, sorte do Ceará, o próximo adversário do time.
Agora, está na mão do técnico Leão evitar uma síndrome futebolística cabulosa, caso o goleiro Rodrigo Calaça não seja o titular no próximo jogo. Depois de mais de dois anos no buraco, esquentando banco na trincheira do Goiás, tudo se presumia que Calaça seria o ESCOLHIDO depois que Harlei, enfim, se machucou. Certo? Nada feito meu chapa! E Fábio, que havia acabado de chegar no time, foi quem passou a ocupar o posto onde a grama não cresce.
Agora, diante de Fábio suspenso – depois de pipocar no gol do Botafogo e ainda tomar vermelho por reclamação – não é possível que Calaça fique fora dessa BOCADA. Só falta o técnico esmeraldino escalar ali, sei lá, Pedro Henrique, o 4º goleiro do clube, como titular. Se fizer isso, a terapia CALACIANA será inevitável

Melhor fora
Mas falando sério. Alívio tremendo no Dragão! Tá certo que o rubronegro lutou e até merecia a vaga ali na final da Copa do Brasil. Mas se o time, em casa, conseguiu levar de 2 a 1 do Santos, pelo Brasileirão, mesmo sem a presença em campo dos principais integrantes da ‘Turminha da Xuxa’, acho que foi melhor para o Atlético deixar o Vitória virar motivo para as coreografias toscas dos badecos da Vila.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Lanterna Goiás facilitaria o trânsito da cerva na Serrinha

Sem molho, sem nenhum champignon, chefia! O futebolzinho apresentado pelos times goianos no Brasileiro 2010 só não está mais sem graça que cerimônia de posse de síndico. No domingo, o Goiás mostrou que está a fim mesmo é de fazer a alegria da rapaziada, levando uma virada daquelas para os ‘gandulas’ do Inter.

Sorte do torcedor esmeraldino que a partida no Serra foi realizada com portões fechados. Bem, pelo menos é o que parecia. Ainda ‘PIRULITARAM’ por ali cerca de 3 mil pessoas que teimaram em ver o jogo. Se continuar assim, seria muito mais esquema voltar os jogos para a Serrinha. Pelo menos facilitaria um pouco a vida do ‘brother’ da cerveja, que no domingo precisava atravessar quase metade da arquibancada para ir de um cliente a outro.

Paraíba e vaselina
Agora, ‘malandrinho’ esse São Paulo na troca de Fernandão por R$ 800 mil e, de ‘lambuja’, um Carlinhos Paraíba todo ‘pitimbado’, para o Verdão. Passaram uma VASELINA cabulosa no Paraíba e acharam que o Goiás ia levar essa sem nem GEMER. Sei! Tão achando que pelas bandas ‘do Goiás’ não tem médico especializado, né ‘bambino’?
Além disso, não é que Fernandão mostrou, já no primeiro jogo pelo tricolor que não esqueceu como é que se joga bola, como muita gente pensava? Tá certo que do outro lado não era uma Canedense, o timaço do Tacão ou mesmo o glorioso MORRINHOS. Era um Cruzeiro, humilde, bem mais fácil de colocar na roda.

Se o EMBRÓGLIO de ser novamente MIGUELADO pelo São Paulo já era vexatório suficiente, pior agora ficar exposto que também jogador nenhum quer vir parar nesse time do Goiás, sob a batuta do Leão. Pergunte aí ao Marcelinho Paraíba ou ao Léo Lima? Para o Periquito, vai sobrar, assim, contratar só os caras do ‘showbol’. Pega logo o Djalminha aí, Leão! Aposto que ele, mesmo QUARENTÂO e arrastando em campo joga bem mais do que qualquer uma dessas trincas de volantes.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Furando a Retranca (11/05/2010)

Nero colorado vai precisar
reabastecer estoque de querosene


Parece que não valeu de muita coisa a ação do incendiário doidão do Vila Nova, que botou fogo nos dez tigres de metal, que diziam ENFEITAR a entrada do clube. Falavam que a obra, feita por Siron Franco em 2006, passou a amaldicoar o time, que chegou a ser rebaixado para a 3ª Divisão no mesmo ano. Mas só foi queimar a parada, depois de mais uma decepção no Estadual, para logo em seguida o Tigrão levar de 4 a 1 na estreia da Série B. Se continuar assim, vai faltar querosene no mercado se o tal ‘Nero’ colorado resolver queimar alguma coisa sempre que o time levar uma nova sapatada, como a da Lusa.

Cuidado dona Joana
Agora, caríssima admiradora do futebol goiano. Vai aí um conselho amigo que, mesmo de graça, pode lhe salvar a vida nessa altura do campeonato. Se você, por acaso, tenha por graça o mesmo nome da heroína francesa Joana D’arc, e seja torcedora do Vila Nova, é melhor não ficar circulando de vacilo ali por perto da sede do Tigrão.
Se tudo agora é motivo para receber a culpa pelas presepadas do Tigre e acabar na churrasqueira, não custa nada passar longe.

Pitéu do Dragão
Enquanto os clubes já correm para escolher suas musas do Brasileirão, ali na Campininha a disputa é para revelar o ‘pitéuzinho’ que irá defender as cores do Atlético carregando a alcunha de Garota DRAGÃO. Com esse nome, é páreo duro garotinho! Candidatas com mais de cinco dentes já são automaticamente desclassificadas, mas pula logo na frente da disputa aquela que ainda tiver preservado os dois caninos: somente o ‘Cafú’ e o ‘Roberto Carlos’ compondo o esquema tático da banguela.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Furando a Retranca (04/05/2010)

CAMPEÃO, ATLÉTICO EVITA ANGINA
DA TURMA DO AMENDOIM RUBRONEGRO


Além de sagrar-se campeão goiano com todos os méritos, pompas e confetes possíveis, esse time do Atlético ainda tem a vantagem de ser profilático para os seus torcedores. Goleou em casa e ainda detonou, numa tranquila, o ‘Fantasma’ em seus domínios. O caneco veio tão fácil que a turma do amendoim rubronegro -- o bloco geriátrico da torcida do Dragão -- nem precisou usar a tradicional aspirina-preventiva debaixo da língua para evitar qualquer enfarte. Frente uma maciota dessas, podia-se até promover uma leve alteração no refrão do hino, para ficar ainda mais adequado. No lugar de ... "Meu Atlético tem a mania de dar alegria pro meu coração", o hino campineiro poderia muito bem entoar: “Meu Atlético tem a mania de evitar a angina do meu coração”.

Sonho na mão de cambista
Agora, me impressionou mesmo foi como o Dragão chegou com a banca de campeão e fez o Santa Helena respeitar as cores. A maioria dos torcedores helenistas compareceram no Estádio Pedro Romualdo Cabral prontos para consolar a família do defunto: “Parabéns timão, chegamos à final”, dizia um dos cartazes. Parece que deu certo já que a equipe fez questão de dar uma volta olímpica, com a taça de vice-campeão e tudo. Foi a primeira vez que um time comemorar um ‘quase título’.
Do outro lado, a festa do título e a bebedeira na cidade do time rival só se tornou realmente completa depois que os atleticanos realizaram seu grande sonho: comprar ingresso da mão de um cambista. Isto por que o feito é impossível de se realizar aqui no Serra, já que a lotação nunca chega nem na metade da capacidade do estádio.

Incendiário colorado
Não bastasse o fato de ter sido escalpado no Goianão, alguém ali na toca do Tigre resolveu tocar fogo na polêmica 'obra' de Siron Franco, localizada na entrada do OBA. Instalados ali em 2006, ano em que o colorado caiu para a Série C, muitos creditavam aos dez tigres firmados no poste a fama de terem AGOURADO de vez a região. O guardinha do plantão de sábado, anotou redondo que Martinez, chefe de patrimônio, foi quem jogou fogo na parada, a mando do presidente, Sizenando Ferro. Por suas óbvias vezes, Martinez e Sizenando negaram o ato. Responda rápido: quem acabou sem emprego nessa estória?

terça-feira, 20 de abril de 2010

Furando a Retranca

Tapete e Apetrecho novos lançam tendência
na sala de estar do Goianão 2010


Empoeirada e jogada às traças desde o início do estadual, a sala de estar do Goianão 2010, enfim, ganhou dois novos ADEREÇOS De enfeite neste fim de semana. Para o piso, um tapete fresquinho de pele de Tigre, fornecido pelo Santa Helena, que tratou de ESCALPAR o felino com requintes de crueldade. Completa a decoração do lugar um periquito EMPALHADO, cortesia rubronegra, que teve de tomar cuidado para não destroçar o bicho de vez no Serra. De quebra, o Dragão ainda deu o tombo em mais um técnico na Serrinha -- o segundo a espirrar na competição. Fora da decisão, a diretoria esmeraldina voltou a esquentar a frigideira e serviu Jorginho no jantar de domingo.

Ó, o Cuca-í
Agora, como o ‘Cuca(iu)’ lá no Flu, resta ao Verdão botar o ‘Cuca-í’, para resolver essa FARINHA de zaga esmeraldina. Não é possível que o pessoal até agora não sacou que a solução é simples. Inverte tudo! Felipe e Fernandão na zaga e Toloi, o único que sabe fazer gol, vestindo a 9 no ataque.

Sumiço
Mais o que estremeceu a caixa craniana foi tentar entender onde foram parar mais de 400 torcedores do Vila Nova no sábado. Se o clube avisou que os 500 ingressos, destinados à torcida colorada, se esgotaram no primeiro dia de troca, como é, então, que lá no Estádio Pedro Romualdo Cabral só deram as caras uns 30 MIRRADOS torcedores colorados? Eis o mistério! Medo do ‘Gasparzinho’? Falta de gasolina no busão?
Acho que o pessoal não entendeu direito o recado do treinador Edson Gaúcho, que dias antes do jogo afirmou que “peru é quem morre de véspera”, tentando não desacreditar os torcedores e o time. Mas como a maioria ali come mesmo é um franguinho no Natal, e olha lá, a desconfiança bateu forte na moçada.

terça-feira, 13 de abril de 2010

Furando a Retranca (13/04)

Solução agora para Vila Nova
é virar cabide de patuá


O Tigre gelou os cambitinhos domingo, não conseguiu jogar no ‘areião’ do Serra e agora o facão já está amolado para ser usado em Santa Helena. Como o time não tem saída para fugir do reencontro marcado para sábado, mesmo sabendo que está prestes a virar tapete de sala do Fantasma, a solução – aflito torcedor colorado – pode ser apelar para forças de planos SUPERIORES, ou mesmo INFERIORES. Vale aí um rosário de terço aprumado, reforçar a reza para Santa Nêga Brechó e aglomerar ‘patuás’ de toda estirpe: figa, ferradura, olho de cabrito, pé de galinha preta, cueca usada no dia da vitória por 4 a 1 na casa do Fantasma... Só assim para fechar essa a ‘TRONQUEIRA’, forçar um ‘QUEBRANTO’ e lançar o ‘COBRERO’ para o outro lado do campo.

Torcida carocha
No sábado, a tarde no Serra Dourada foi de disputa para ver qual lado das arquibancadas soltava o grito de torcida mais ‘caducado’ do futebol. Enquanto o lado esmeraldino tentava emplacar um “Êô, Êô, o Goiás é o TerrÔ!...”, a porção rubronegra não se intimidava e respondia à altura, com um ”Lê... LêlêÔ... LêlêÔ, LêlêÔ, LêlêÔ, Dragão!”Até hoje os gritos são os mesmos do tempo em que os times se enfrentavam no Antônio Accioly de terra batida e sem alambrado; e a bola era de capotão.
Faltou, talvez para sair um golzinho no jogo, alguma das torcidas emendar um “Passou, passou, passou um avião...“ depois de aloprar com um “Ai... ai, ai, ai... ai, ai, ai, ai, ai, ai, ai...em cima, em baixo e puxa e vai...”.





Revolta grisalha

Mas o que realmente estava preocupante no primeiro tempo do clássico foi o risco do número de infartos que poderiam ter acontecido ali na torcida do Atlético. Parecia até que o tal juizão Olivaldo Pereira estava querendo testar o marcapasso de uma fatia boa da famosa 'turma do amendoim' do Dragão. Era qualquer ‘caidinha’ do escrete esmeraldino e lá vinha o dono do apito erguendo o braço contra a meta rubronegra; causando uma revoada de cabelos grisalhos.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Furando a Retranca (06/04/2010)

MINGAU ENGROSSA E GOIANÃO COMEÇA DE FATO A PARTIR DESSE FINAL DE SEMANA

Pode se preparar torcedor! Chegou a hora de revestir o bumbo com pele nova - o coração da bateria; remendar a bandeira e lavar, enfim, aquele uniforme suado que o acompanhou durante os jogos da 1ª fase. Não deixe de comprar também pilhas novas para o radinho, porque é a partir de sábado que o mingau insosso realmente começa a engrossar no Goianão, com a chegada das semifinais. E não podia ser de forma melhor: com a presença dos três grandes times da capital, embalados, e contando com um Serra Dourada recauchutado. A tal nova grama celebration pode ainda não estar o tapete ideal, mas pelo menos se encerra a partir de então a EXCRESCÊNCIA futebolística de se realizar clássicos com a presença somente da torcida do clube mandante. Agora, malandro, é sangue no olho, sinalizadores, foguetório e todo mundo xingando unido tanto lá quanto cá.

Ração humana
Mas o diferencial nesses primeiros jogos vai ser observar se a galera vai ter pulmão e energia para correr 90 minutos no Serra depois de passarem toda o campeonato brincando nos gramadinhos do OBA, Serrinha e Accioly. Ainda mais agora que a Federação resolveu iniciar o controle de dopping na moçada, coisa que andava solta pelos CT's. O jeito mesmo vai a ser a improvisação de receitas caseiras para os boleiros mais ‘chinelinhos’ aguentarem o tranco e irritarem os neurônios. Rola de acrescentar aí nos cardápios dos clubes, o quanto antes, as MUMUNHAS do mestre Away ( http://bit.ly/AGkMf ), seja um ‘estrombelete ‘de pombo obeso, ou um cuscuz de pequi defumado. Se não resolver, é só agilizar uma rabada de raposa apaixonada que a ‘ligadera’ é geral.

Gasparzinho
Agora, na boa, só mesmo badequinho inocente para não sacar que a derrota do Santa Helena diante do Vila Nova, 4 a 1, na última rodada, antes dos times se pegarem quando a ‘bagaça’ valer uma vaga na decisão, cheira feio à cama-de-gato. Jogando em casa, onde estava invicto há 21 jogos, o tal Fantasma pagou de ‘gasparzinho’, vestiu a carapuça do amiguinho camarada, e ficou os 90 minutos passando melzinho no colorado. Na pele do Tigrão, chegava pianinho domingo, para não acabar virando tapete de sala no casarão do Santa Helena.