terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Furando a Retranca (de 09/02/2010)

CAMISA 10, ANTES APENAS PARA CRAQUES, PERDEU A MORAL

Vou te falar, maior saudade do tempo em que numeração em camisa de time de futebol ia só do 1 ao 11. Época em que craque que era craque mesmo, não tinha outra opção além de vestir a 10 – que chegava a ter um peso diferente pela responsabilidade. Mas já viu como é jogador de futebol. Basta um inventar uma modinha ‘XAROPE’ que vem toda uma renca no lastro infame: seja usando chuteira colorida, cabelinho arrepiado, bola embaixo da camisa para comemorar a vinda de mais um ‘BACURI’, beijo na aliança, se referir a eles próprios na 3ª pessoa...e por aí vai. Mas o que tá ‘bombando’ agora nos gramados é o tal do jogador, com alguma referência no time, inventar números esdrúxulos para se usar nas costas. A camisa 10, antes cobiçada, tá mesmo é sobrando para qualquer volante ‘arranca-toco’.

Eterno camisa... 100
No domingo, na Serrinha, contra o Santa Helena, lá veio o Fernandão com o número 100 nas costas. Seria o peso? Não, na verdade era uma homenagem dele, feita para ele mesmo, pelo número de gols marcados pelo Periquito. Seguiu na onda do Geraldo, meia do Itumbiara, outro que veste a camisa 100 com orgulho, desde o início do Goianão. Mas a homenagem é pelo centenário de aniversário da cidade. Que frescuragem.
Tá valendo tudo para enfiar qualquer número nas costas para chamar a atenção. Assim, não vai demorar muito para logo aparecer algum jogador já com o telefone de contato nas costas – 9965-1182. Ou o boleiro precavido, número 193, em caso de acidente, liguem para os Bombeiros. Seria mais útil.

Tigre desidratado
Mas o que não teve como passar batido na última rodada é a tal da angústia vilanovense no que um dia já foram considerados clássicos. Com certeza alguém botou aquele olhar, secando a pimenteira, ali na Toca do Tigre, de tal forma que o time estremece quando pega qualquer time da capital. Colorado deve estar torcendo para o Goiânia subir logo para ver se consegue quebrar essa mandinga.

BAIANA
Outro destaque foi o zagueiro do Verdão, Toloi fazendo gol partindo do meio de campo e cortando três marcadores. Até poderia considerar o lance de habilidade se o adversário e a zaga costurada pelo "Zagueiro-Emo" não fosse a do Santa Helena. Quero ver fazer isso no Estádio João Vilela, em Morrinhos. Nativos das plagas, que costumam só andar com a 'KNIFE' no bolso, não deixariam barato. E já aposto que, mesmo na lanterna, se Morrinhos perder para o Goiás no sábado, em casa, saio vestido de baiana no Carnaval.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Furando a Retranca de 02/02/2010

PERIQUITO ALIVIA GERAL, MAS SACANEIA A FREGUESIA

Êh, Vila Nova! Vai sofrer assim só lá pelas quebradas do Haiti. Depois de passar pelo Morrinhos no maior sufoco, o Tigrão chegou na Serrinha já se achando o ‘Zé Fofim de Ogum’. E tome nova taca esmeraldina. A quinta nos últimos cinco confrontos contra esse Periquito que está se mostrando o maior malandrão, né não? Leva chucho do Crac, chucho da Anapolina, chucho do Atlético, mas quando chega a hora de fazer uma graça para o vizinho colorado de tanto tempo, o mais humilde... Aí não: Clientela é Clientela, mas Freguesia é Freguesia.

Calaça não desiste
Agora, brasileiro mesmo, e que de fato não desiste nunca, é esse tal de Rodrigo Calaça. Depois de passar quase dois anos esquentando o buraco – mesmo quando o colega de trave Harlei era chamado de 'Bracim de Jacaré’ pelos torcedores – ainda chega fazendo bonito quando é chamado a campo. Esse, sim, não desiste de ser escalado nunca!

E o goleiro Calaça, titular ABSOLUTO da reserva do Goiás, ganhou o bônus de jogar a partida contra o Itumbiara. Para se ter uma noção da importância disso, o último jogo inteiro de Calaça pelo Verdão foi dia 30 de março de 2008. Naquela época, nem existia Twitter, Avatar 3-D, e mais uma renca dessas inflamações modernetes.

Drugs and Barbecue
A Secretaria de Segurança Pública já alertou para o estrago que o Crac anda fazendo na capital, e não é por menos. No domingo a vítima da vez foi o Dragão, que deixou o Estádio Genervino da Fonseca ‘GROGUE’ feito uma cabaça. Também, com a contusão do ‘xerifão’ Jairo no aquecimento e o corredor que se formou na zaga rubronegra, só restou ao ataque do Azulão combinar ali melhor que mandioquinha derretendo em cima da carne assada.