quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Furando a Retranca

Dragão caça briga e chama irmão mais velho


Sem uma ‘benga’ imponentemente necessária para lotar o Serra Dourada no sabadão, o Atlético de Regatas Flamengo pediu socorro, igual moleque que caça briga e depois chama o irmão mais velho. E não é que a tática deu certo. Uma massa flamenguista estrondosa lotou o estádio e por muito pouco, tomados por um inconsciente coletivo, quase começaram a entoar coisas do tipo: "O Imperadoorr Voltoouuu!!". Já o torcedor atleticano, ao se ver cercado de tanta gente na torcida, estava em êxtase delirante, achando uma maravilha até mesmo as filas que se formavam no banheiro - coisa nunca dantes vista nos jogos do Atlético.


A Batalha do Serra


Em campo, o Dragão não fez feio não. Depois de levar a metida de mão e também de pé do árbitro, o jogo passou então a tomar ares históricos. Dois a menos em campo, placar empatado em 2 a 2 e ainda com o goleiro Márcio pegando pênalti de Carlos Alberto, na partida que também pode ser chamada, a partir de então, de "A Batalha do Serra". Se um empate por 0 a 0 com a Argentina na Copa de 78, com botinadas de sobra, pôde receber tal alcunha, não vejo por quê também não revestir de grandiosidade a peleja travada sábado nos gramados goianos. Grandioso também foi a quantidade de papel picado e serpentina jogados pela torcida rubronegra, comprovando que a parceria com o patrocinador Linknet tem lá suas vantagens.

Tia Fia na mira de Hélio dos Anjos


Agora, no Brasileirão, quando finalmente a cobra fuma, a giripoca pia, a onça bebe e a porca torce o rabo, o Periquito começa a tremer nas bases. Contra um Coxa Branca desfalcado - que nem chega a ser mebro superior do corpo - o time entra em campo, em casa, com aquela retranca toda? Hélio dos Anjos só pode estar querendo mesmo é matar do desgosto a emblemática esmeraldina Tia Fia, que mesmo hoje, beirando ali os 80 anos, deve conseguir correr mais que o lateral Vitor.


O glorioso ressurge


Pausa poética, no entanto, para os acontecimentos que paralisaram o tempo global durante os 90 minutos em que a bola rolou, na segunda-feira, no Estádio João Vilela – também conhecido como “La Bombonera Goiana”. O alicerce insubstituível que desde 1997 alijava o Campeonato Goiano com sua ausência, volta a se reerguer. O futebol morrinhense está de volta à 1ª Divisão. Emoldurado em sua última e quiçá definitiva apresentação na Divisão de Acesso pela santíssima trindade, constituída por Givanildo, Da Silva e Chocolate - autores dos três gols da vitória sobre o Itauçu, por 3 a 1. O resto, como dizia aquele inglezinho, é silêncio.

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